SOMOS CICLOTÍMICAS
Tomo emprestado a energia dessa
Lua nova em Escorpião, que nos traz a possibilidade de
renovação, de deixar morrer o que não nos serve mais e permitir o nascimento do
que está por vir e volto a escrever no meu Blog, depois de alguns anos em
silêncio.
É plena dessa linda energia que compartilho com vocês algumas reflexões sobre o feminino na sociedade contemporânea e a necessidade que minha alma reclama de buscar a integração entre os opostos, masculino e feminino, entretanto, entendo que só podemos integrar aquilo que conhecemos.
Para começar precisamos parar de olhar os nossos ciclos, menstruais, de idade, menopausa, gestação, etc., como algo indesejável. Somos CICLOTÍMICAS.
Ser ciclotímica não é algo muito bem visto nos nossos dias, aliás bota dias nisso. Nos dias das nossas mães, avós, bisavós e por aí vai. É sempre uma característica pejorativa essa de sermos seres de ciclos. Ser de ciclos representa não ser linear, não seguir uma linha reta, é a possibilidade de darmos volteios, de mudarmos os nossos humores e amores.
O nosso ciclo menstrual é visto como inadequado para a convivência no mundo solar, racional e linear. Somos complicadas com essas mudanças hormonais e “humorais”. Os comerciais de absorventes insistem em colocar um líquido azul representando nosso sangue, que diga-se de passagem é vermelho e cheio de energia. Energia da vida que não foi gerada e deveria voltar para a terra para alimentá-la.
Talvez complexas demais para relações humanas que exigem rapidez, objetividade, individualidades exacerbadas e superficialidade relacionais. Porque as profundezas dos afetos podem gerar sofrimento e esse não pode ser assumido, ao contrário tem que ser sumido das nossas vistas.
Conquistamos o mundo dos homens, temos muitos direitos garantidos, e fora de possibilidade questionar a importância disso, mas perdemos o mundo das mulheres. Aliás, o mundo perdeu o feminino! O feminino não só nas mulheres, mas também nos homens, nas relações, nos afetos, nas intuições, na nossa psique monoteísta egoica, na cultura e nas aventuras.
Retomar a escrita do meu blog foi o resultado de muitos e diferentes processos de reflexão sobre o meu próprio lugar no mundo, sobre o lugar das minhas filhas e neta, da minha mãe e tias, das minhas enteadas e sobrinhas. Resultado das tantas e variadas reflexões sobre esse modelo falido de sociedade racional, na qual falar e viver afetos e cooperação são restritos para alguns e inexistentes para tantos outros.
Quero com esse espaço, que a tecnologia me faculta, falar sobre o resgate do feminino. Um feminino com direitos e liberdade de ser quem quiser ser. Um feminino que não me aprisiona ao mundo doméstico, mas que também não me encarcera ao mundo da razão.
Assim mergulhando no mundo da intuição, da "magia", da construção de almas é que convido cada um(a) que acesse esse texto a fazer um momento de conexão com o Sagrado em você.
Você pode fazer três minutos de meditação, uma oração da qual tenha fé, oferendas de lamparinas, qualquer forma de conexão com o seu Sagrado.
Peça que o seu propósito, para essa vida, seja revelado e que o propósito da vida de cada ser também possa ser revelado.
Faça brilhar, de um diamante no centro do seu coração, luzes de arco-iris que se expandem e ao tocarem cada ser, esses terão alívio dos seus sofrimentos.
Que a Grande Mãe abençoe todos os seres!
É plena dessa linda energia que compartilho com vocês algumas reflexões sobre o feminino na sociedade contemporânea e a necessidade que minha alma reclama de buscar a integração entre os opostos, masculino e feminino, entretanto, entendo que só podemos integrar aquilo que conhecemos.
Para começar precisamos parar de olhar os nossos ciclos, menstruais, de idade, menopausa, gestação, etc., como algo indesejável. Somos CICLOTÍMICAS.
Ser ciclotímica não é algo muito bem visto nos nossos dias, aliás bota dias nisso. Nos dias das nossas mães, avós, bisavós e por aí vai. É sempre uma característica pejorativa essa de sermos seres de ciclos. Ser de ciclos representa não ser linear, não seguir uma linha reta, é a possibilidade de darmos volteios, de mudarmos os nossos humores e amores.
O nosso ciclo menstrual é visto como inadequado para a convivência no mundo solar, racional e linear. Somos complicadas com essas mudanças hormonais e “humorais”. Os comerciais de absorventes insistem em colocar um líquido azul representando nosso sangue, que diga-se de passagem é vermelho e cheio de energia. Energia da vida que não foi gerada e deveria voltar para a terra para alimentá-la.
Talvez complexas demais para relações humanas que exigem rapidez, objetividade, individualidades exacerbadas e superficialidade relacionais. Porque as profundezas dos afetos podem gerar sofrimento e esse não pode ser assumido, ao contrário tem que ser sumido das nossas vistas.
Conquistamos o mundo dos homens, temos muitos direitos garantidos, e fora de possibilidade questionar a importância disso, mas perdemos o mundo das mulheres. Aliás, o mundo perdeu o feminino! O feminino não só nas mulheres, mas também nos homens, nas relações, nos afetos, nas intuições, na nossa psique monoteísta egoica, na cultura e nas aventuras.
Retomar a escrita do meu blog foi o resultado de muitos e diferentes processos de reflexão sobre o meu próprio lugar no mundo, sobre o lugar das minhas filhas e neta, da minha mãe e tias, das minhas enteadas e sobrinhas. Resultado das tantas e variadas reflexões sobre esse modelo falido de sociedade racional, na qual falar e viver afetos e cooperação são restritos para alguns e inexistentes para tantos outros.
Quero com esse espaço, que a tecnologia me faculta, falar sobre o resgate do feminino. Um feminino com direitos e liberdade de ser quem quiser ser. Um feminino que não me aprisiona ao mundo doméstico, mas que também não me encarcera ao mundo da razão.
Assim mergulhando no mundo da intuição, da "magia", da construção de almas é que convido cada um(a) que acesse esse texto a fazer um momento de conexão com o Sagrado em você.
Você pode fazer três minutos de meditação, uma oração da qual tenha fé, oferendas de lamparinas, qualquer forma de conexão com o seu Sagrado.
Peça que o seu propósito, para essa vida, seja revelado e que o propósito da vida de cada ser também possa ser revelado.
Faça brilhar, de um diamante no centro do seu coração, luzes de arco-iris que se expandem e ao tocarem cada ser, esses terão alívio dos seus sofrimentos.
Que a Grande Mãe abençoe todos os seres!
14 Comentários:
Muito bom querida! De um ponto de Luz no meu coração, conecto-me ao seu... e em Rede de Luz, irradio ao grande Círculo de Mulheres, Feminino Sagrado guardião da Alma Múndi.
Grata por me lembrar!
Legal sua constataçao Débora, a mudança se dá de várias formas, mas acredito q a percepçao e a experiência nos conduz ao caminho do coraçao. O meu diamante saúda o o teu. Bjs
Obrigado por voltar à escrita do blog. Compartilhar é sempre tão generoso.
Adoro essas reflexões sobre o feminino, mas acho q eles não são complementares... talvez o feminino descompleta a prisão racional do masculino. O feminino não completa, faz furo... descompleta...
Escreva e compartilhe mais e mais!
Por isso vc nao fala de complementação e sim de integração. :)
Adorei a ideia dos ciclos. Queria horas conversando... bateu saudades! :*
Oi Débora, quanta saudade!
Adorei o seu tema, nunca pensei em usar o termo CICLOTIMIA, onde por nós é visto como CID, colocado de forma tão apropriada. Assim nos faz ver que, em lugar de buscar explicações psicopatológicas para nossas várias facetas, precisamos amar nossa alma feminina. A medida em que nos conduzimos para fora da sociedade da desigualdade, que nossos ciclos não sirvam para tirar nosso direito mais sagrado: nascer enquanto mulher.
Um beijo.
Obrigada Ita. Acho que quando nos encontramos a partir dos nossos corações contribuímos para o amor entre todos.
Podemos marcar uma longa conversa sobre tudo isso. Adoro conversar com você.
É isso mesmo, falo de integração. O momento nos pede isso, integrar opostos, medir forças não está nos levando a bons resultados. Era de Aquário se esforçando pra chegar.
Áurea querida, que bom contatar você. Adorei suas reflexões. O modelo de saúde da nossa sociedade, apesar da importância que muitos procedimentos têm para todos, tem muitos equívocos.
Muito patologisante.
As pessoas mais sensíveis estão todas diagnosticadas.
Não pare mais de escrever! Enquanto lia relembrava de vários ciclos de minha vida e do quanto ser mulher por vezes é angustiante, mas maravilhoso. Saudade grande daa reflexões que tínhamos sobre a vida. Beijo grande.
Não pare mais de escrever! Enquanto lia relembrava de vários ciclos de minha vida e do quanto ser mulher por vezes é angustiante, mas maravilhoso. Saudade grande daa reflexões que tínhamos sobre a vida. Beijo grande.
Este comentário foi removido pelo autor.
achei ótimo :) tenho interesse por esse assunto das energias femininas e masculinas e como seriam seus papéis atualmente, ainda mais hoje que uma parte da militância das questões de gênero parece que as vezes querem anular essas diferenças, como se elas não existissem e como se isso fosse um sinal de respeito à diversidade. acho que é um momento confuso.
fiquei pensando na metáfora da ostra que produz a pérola a partir da invasão de um corpo estranho e como é o símbolo incrível pro seu blog, das mulheres que tendo todas as violências impostas pelo mundo ainda tem a capacidade de processar isso de uma forma a nos devolver o sofrimento como pérolas de ensinamentos, pra aprendermos a ser gente.
Lembrei desse vídeo, do que ela começa a falar aos 3:25s
https://www.youtube.com/watch?v=jP8cjUzW_X8
Muito bom, é verdadeiro! 🙌🏼
Parabéns Débora pelo belo texto.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial