Parto normal – Onde está a anormalidade?
Depois que a novidade da gravidez da minha filha chegou à minha vida comecei a fazer contato com uma nova realidade. A contra mão que o Brasil está com relação ao número absurdo de partos cesáreas.
Enquanto a grande maioria dos países está aumentando o número de mulheres que têm partos normais, o Brasil cresce para o outro lado seja na rede privada ou na pública. Na rede privada o número de partos cesáreas é superior a 80% e na rede pública está acima de 30%, quando a Organização Mundial de Saúde considera que deve ser entre 10% e 15%.
Minha filha tem clareza que quer ter parto normal. Natural isso, não? Por incrível que pareça, não. O “natural” hoje são as cesarianas. O ato de parir que é um fenômeno natural e fisiológico, se transforma em um processo patológico e medicalizado.
Pois bem, com a gravidez de Mariana e seu resultado natural que é o futuro parto nos deparamos com a grande dificuldade de conseguir uma médica ou médico que estivesse disposta(o) a fazer o parto normal.
O mais interessante e que nós fomos contatando a cada novo passo na difícil direção de encontrar uma obstetra para fazer aquilo que me parecia o mais obvio, um parto normal é que têm aqueles que declaram honestamente que não vão fazer. Mas têm aqueles que “fingem” que vão fazer mas quando se aproxima a hora, a surpresa. Toda espécie de dificuldades são apresentadas deixando insegura a mulher que sente que manter a decisão de parir normal é colocar em risco a sua vida e do seu filho. Uma loucura!
Teve médico que disse, ao ser informado por minha filha que queria ter o parto normal, que isso não era o mais importante e o que importava era o bebê nascer bem.
Sinal vermelho! A fala das mulheres recém paridas na sala de espera, todas com partos cesáreas ou com datas marcadas para seus partos, ligou o nosso alerta e mudamos de médico.
Outra descoberta foi a de que essa geração de obstetras não sabem fazer parto normal, de tão naturalizado a intervenção cirúrgica nos partos.
Entretanto o mais importante de tudo isto é que quando temos clareza da nossa decisão e, nesse caso, minha filha tinha isso bem definido, encontramos pessoas que nos apóiam e nos orientam para garantir a decisão e o desejo da mãe de definir o seu parto.
Claro que não é responsabilidade apenas dos médicos. É uma soma de fatores. Médicos de um lado buscando o procedimento mais rápido e seguro para eles. Mulheres do outro acreditando que o legal é não sentir dor e ter seu “procedimento” previamente marcado.
Resultado dessa equação? Esse número de cirurgias para o nascimento das crianças no lugar dos naturais partos que fizeram vir ao mundo tantas e tantas crianças por gerações.
Parir normal é legal! Vamos mudar a realidade da saúde no Brasil dando às cesarianas o seu devido lugar, quando justificado nos prováveis benefícios para a saúde da mãe e do seu filho.
Enquanto a grande maioria dos países está aumentando o número de mulheres que têm partos normais, o Brasil cresce para o outro lado seja na rede privada ou na pública. Na rede privada o número de partos cesáreas é superior a 80% e na rede pública está acima de 30%, quando a Organização Mundial de Saúde considera que deve ser entre 10% e 15%.
Minha filha tem clareza que quer ter parto normal. Natural isso, não? Por incrível que pareça, não. O “natural” hoje são as cesarianas. O ato de parir que é um fenômeno natural e fisiológico, se transforma em um processo patológico e medicalizado.
Pois bem, com a gravidez de Mariana e seu resultado natural que é o futuro parto nos deparamos com a grande dificuldade de conseguir uma médica ou médico que estivesse disposta(o) a fazer o parto normal.
O mais interessante e que nós fomos contatando a cada novo passo na difícil direção de encontrar uma obstetra para fazer aquilo que me parecia o mais obvio, um parto normal é que têm aqueles que declaram honestamente que não vão fazer. Mas têm aqueles que “fingem” que vão fazer mas quando se aproxima a hora, a surpresa. Toda espécie de dificuldades são apresentadas deixando insegura a mulher que sente que manter a decisão de parir normal é colocar em risco a sua vida e do seu filho. Uma loucura!
Teve médico que disse, ao ser informado por minha filha que queria ter o parto normal, que isso não era o mais importante e o que importava era o bebê nascer bem.
Sinal vermelho! A fala das mulheres recém paridas na sala de espera, todas com partos cesáreas ou com datas marcadas para seus partos, ligou o nosso alerta e mudamos de médico.
Outra descoberta foi a de que essa geração de obstetras não sabem fazer parto normal, de tão naturalizado a intervenção cirúrgica nos partos.
Entretanto o mais importante de tudo isto é que quando temos clareza da nossa decisão e, nesse caso, minha filha tinha isso bem definido, encontramos pessoas que nos apóiam e nos orientam para garantir a decisão e o desejo da mãe de definir o seu parto.
Claro que não é responsabilidade apenas dos médicos. É uma soma de fatores. Médicos de um lado buscando o procedimento mais rápido e seguro para eles. Mulheres do outro acreditando que o legal é não sentir dor e ter seu “procedimento” previamente marcado.
Resultado dessa equação? Esse número de cirurgias para o nascimento das crianças no lugar dos naturais partos que fizeram vir ao mundo tantas e tantas crianças por gerações.
Parir normal é legal! Vamos mudar a realidade da saúde no Brasil dando às cesarianas o seu devido lugar, quando justificado nos prováveis benefícios para a saúde da mãe e do seu filho.