terça-feira, 29 de novembro de 2016

FLUINDO COM A VIDA

Os ciclos fazem parte do movimento natural da vida. A Lua nova que cresce e vira cheia, que por sua vez míngua, fecha um ciclo e recomeça um novo.
As estações se sucedem, gostemos ou não, emprestando qualidades diferentes para cada período do ano.
Nós também vivemos variados ciclos que, por sua vez, são influenciados pelos tantos outros fora de nós.
A questão que me faço é: como estamos vivendo esses ciclos?
Observo que, de modo geral, o mundo contemporâneo nos arrasta por um tipo de experiência tão voltada para fora de nós e tão dicotomizada que, contraditoriamente, nos leva a acreditar que a vida é linear e constante.
Dentro desse modelo perdemos as nossas conexões com as especificidades de cada ciclo, internos e externos, além, de não conseguirmos reconhecer a dinâmica deles em nós. O nosso corpo, as nossas emoções e a nossa mente se constituem e são influenciados por padrões de circulação da energia vital, individualizada em nós.
Se harmonizados, eles fluem livremente, renovando a cada respiração a energia vital para  nosso corpo, nossa mente e nossas emoções em conexão direta com o Universo Criador.
Assim a Auto Aplicação do JIN SHIN JYUTSU ensina a relaxar e recarregar a sua energia para trazer paz,  mais vitalidade e harmonia  para o corpo, a mente e as emoções. 
Como somos convidados a olhar constantemente para fora, vivendo de forma corrida e desconectados de nós mesmos, vivemos esse fluir da vida como folhas secas levadas ao vento. 
Perdemos o controle da nossa própria vida!
Depositamos no mundo fora de nós a responsabilidade por nos fazer mais felizes, nos curar, nos harmonizar, quando cada um de nós possui instrumentos poderosos de equilíbrio da nossa saúde. Ou seja, nossa respiração, feita de forma consciente e nossas mãos recarregadoras de energia vital, se tocadas nos 26 pontos de recarregar energia que temos em cada lado do nosso corpo. 
Assim nesse fechamento do ano de 2016, que já está em curso, o meu convite é para você participar do FLUINDO COM A VIDA. Uma vivência teórico vivencial com fluxos do JIN SHIN JYUTSU específicos de fechamentos e abertura de ciclos e materialização de novas etapas e projetos, . Você aprenderá toques e fluxos que lhe ajudarão a se harmonizar.
Ampliar sua capacidade de auto gestão da sua saúde, auto cuidado que possibilita a prevenção de doenças e desarmonias.
Passaremos o dia, em contato com a natureza, aprendendo e praticando alguns fluxos do Jin Shin Jyutsu - Arte Japonesa de harmonização da energia vital - que ajudarão nos fechamentos desse e de outros ciclos, assim como fluxos que possibilitarão iniciar e materializar novos movimentos.
Será uma excelente oportunidade de voltarmos nosso olhar para o que existe de sutil em nós aprendendo a nos harmonizar.
Inscrições:
(71) 99938-8420 - Débora
(71) 99977-7616 – Flávia
Até dia 02 de dezembro – R$ 170,00
De 03 a 09 de dezembro – R$ 200,00

Débora Cohim – Praticante autorizada para a prática de Jin Shin Jyutsu e curso de Auto Aplicação





segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Às minhas ancestrais

Hoje, na Lua cheia de Touro, eu inicio minha publicação reverenciando minhas ancestrais.
Eu honro as minhas ancestrais e compartilho com você a minha mais profunda aspiração de que o Sagrado Feminino em cada uma de nós possa florescer e que possamos ser como lamparinas que se acendem na escuridão  trazendo uma nova e amorosa realidade.
E na claridade dessa Lua cheia, eu honro todas as mulheres que gestaram e pariram, fazendo a vida se manter e se renovar. A todas as mulheres da minha família geradoras de vida que pela sua linhagem possibilitaram que eu estivesse aqui.
Carrego no meu DNA parte do DNA de cada uma delas.
Agradeço  a todas as minhas ancestrais que carregaram dentro de si a minha origem. 
Eu entendo todos os seus equívocos. Afinal somos humanas! E essa pode ser uma grande descoberta para muitas de nós. Sinto as suas dores.
Que através de mim o feminino de todas as minhas ancestrais seja curado e que o feminino das gerações que me precedem possa seguir curado e curando. Que a capacidade de cura pelas plantas de vovó Isabel seja resgatado por mim, minhas filhas, netas e sobrinhas, por minhas primas e filhas das minhas primas.
Somo seres alquímicos! Voltemos a fazer alquimia da vida, na vida e com a vida. Sinto profundamente que nosso resgate do feminino sagrado nos possibilita reconectar com toda a sabedoria das nossas ancestrais.
Honrar as nossas ancestrais e poder reconhecer a nossa origem e a interconectividade que nos mantem unidas por um fio invisível de luz. Não iniciamos nossa existência a partir de nós mesmas.
A Lua cheia é o momento onde tudo fica exposto, tudo claro. Aproveitemos para olhar como está nossa plantação da última Lua nova. A hora é de colheita, então colhamos exatamente o que plantamos. E como alquimista façamos a transmutação do ferro em ouro.
Assim como essa Lua ilumina a noite generosamente, que nós possamos iluminar a nós mesmas e a todos que estiverem próximos de nós. Que essa energia da Lua cheia que é intensa e poderosa nos possibilite enxergar tudo aquilo que precisa ser visto. Não tenhamos medo porque nunca estamos sós.
Abençoadas sejam todas as mulheres. Abençoada seja minha mãe, que como a minha mais próxima ancestral, evoco aqui como representante de todas as que a antecederam.
Que a Grande Mãe abençoe a todas nó

  





segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Impermanência

É interessante que ao escrever sobre os ciclos e a importância de nos conectarmos com eles, no lugar de nos opormos, fui confrontada com o tema da morte de forma significativa. Escorpião na Lua nova, na semana passada, trouxe o tema de forma persistente para mim.
E o que seria a morte se não um ciclo da própria vida!
Não é possível pensar na existência sem olhar para a não existência. Considerando aqui existência e não existência numa perspectiva fenomênica. Assim o tema dos ciclos volta trazendo o inexorável ciclo de vida e morte.
Podemos pensar ainda nas tantas mortes que vivenciamos ao longo da nossa vida. A morte do corpo que nos impacta de forma mais dramática e significativa, mas também muitas e variadas mortes. Os amores que se acabam, os projetos que não seguem adiante, as despedidas de lugares e pessoas que nos vinculamos, as escolhas que nos obrigam a ter apenas um e abrir mão de todo o resto, enfim somos confrontados com a impermanência dos fatos o tempo todo.
Entretanto, insistimos em olhar para a nossa existência como se ela fosse constante, lidamos com nossos amores como se sempre houvesse um amanhã para dizermos o que sentimos, planejamos os nossos planos como se o futuro fosse uma garantia. Ou seja, vivemos numa grande ilusão!
É como se estivéssemos imersos num sonho acreditando que vivemos uma realidade concreta. Talvez nos agarramos a um modelo de vida linear e reacional para substancializar a nossa ilusão, ou melhor, foi o mundo racional e linar, inaugurado pela Era Mental, que nos colocou de forma tão dividida nessa ilusão. 
A partir da ilusão da constância, do que na verdade é inconstante, não nos lembramos de buscar o nosso propósito. Se sempre haverá um amanhã, nos enganamos acreditando que haverá também um tempo mais propício para refletir sobre o propósito nesta veda. Isto para aqueles e aquelas que acreditam que temos algum propósito e que precisamos descobrir. Porque estamos tão focados no mundo espacial no qual o trabalho é seu propósito maior que não lembramos da busca do nosso Eu mais profundo e, portanto, do nosso proposito maior.
Para quem acredita na astrologia eu diria que a casa dez do mapa está ali com os sinalizadores de energia capricorniana piscando para nos indicar esse propósito.
Ôpa, astrologia, capricórnio, propósito? Isso é coisa dos tempos primitivos, antes de descobrirmos a nossa racionalidade e capacidade de dominarmos a natureza. Isso é coisa ultrapassada! Poderiam diz as pessoas que pensam logo existem, mas as que acham que existem para muito além dos seus pensamentos poderão ver sentido no que estou falando.
Mais uma vez também o tema do feminino surge como elemento importante nessa reflexão. É a partir do feminino em nós, todos nós, que podemos olhar para a existência de um ponto de vista não racional, considerando as muitas dimensões que nos habita ou que habitamos de forma absolutamente interconectadas, inclusive entre nós e os outros e entre os diversos eus que me constitui, como diria Jung.
Quando conseguimos ampliar o nosso olhar, conseguimos viver a nossa existência focada no aqui e no agora, lembrando que é só no aqui e no agora que podemos plantar nossas sementes, que poderão nascer ou não, mas em nascendo é importante sabermos o que queremos colher e portanto o que queremos plantar. Não podemos plantar urtiga e posteriormente colher grama verde e refrescante.
Assim também são nossas experiências. Nem sempre lembramos de onde surgiram experiências desagradáveis na nossa vida. Achamos, em geral, que é o mundo externo, fora de nós,  o responsável. Quando elas são agradáveis, ai é que nem queremos pensar mesmo. Nos agarramos a elas como se fossem eternas.
Hoje começa uma nova lunação, a Lua entra no seu quarto crescente no signo de Touro, e é um ótimo momento para limparmos o terreno onde foram plantadas as sementes na Lua nova. Seria muito legal se aproveitássemos para meditar sobre a impermanência.
Podemos nos questionar mentalmente, o que se mantem estável, sem alteração nas nossas vidas, se existe alguém que nunca tenha morrido ou mesmo se somos os mesmos desde que nascemos. Meditar investigando profundamente sobre essas perguntas, que nos parecem obvias, mas que agimos como se não soubéssemos de forma tão obvia as respostas.
Seria muito bom também se conseguíssemos durantes esse próximo  período lembrarmos, cada vez que somos impactados por alguma coisa ou com alguém, no lugar de reagirmos, lembrarmos, "Isso é impermanente, por isso vai acabar, por que gastar tanta energia reagindo com algo que não vai durar?"
O Sagrado em mim se conecta ao Sagrado em você! Uma linda Lua Crescente para todos nós.